16 de dez. de 2016

Meu Esconderijo

Essa canção é, certamente, o meu hino do aconchego(risos), do cansaço da semana, dos tocos que levo da vida, da carência eterna, é a minha companheira das solidões, das madrugadas. A voz de Ana é algo que me faz sentir melhor, me acalma, mesmo quando conheci essa música, estava aos prantos, e a voz dela me fez cafuné.
No clipe ela está solitária em uma sala, rodopiando sozinha, se deitando no chão olhando o vazio e pensando no infinito, me identifico ao máximo.
Nos meus dias de tormenta, quando chove lá fora e aqui dentro, me recolho no meu canto, no escuro do meu quarto no chão gélido, ouço essa música e me perco, sou muito sensitivo, então, sinto a minha aura, os cantos recônditos da mente, entro em contato com meu Eu interior. E isso me preenche.


"Procuro a solidão
Como ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Com a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma, pra contar nos dedos
Beijo, pra ficar aqui
Teto para desabar
Você, para construir
Dundarundê aunde iê"
(Ana Cañas)

E o teto desabando, são as minhas crises, meus medos, meu mundo e o mundo, ambos se desintegrando sobre mim, desabando, eu encaro meu mundo aberto, "sem paliativos" - Letícia Sabatella, não me escondo da minha personalidade, sou tanto os momentos de Euforia quanto os de Baixa, eu os vivo! Isso me eleva em autoconhecimento ciclicamente.
Sou solitário, mas tenho a mim, não tenho amigos, meu cachorro, Lepi, partiu recentemente, sou distante da minha família por ser diferente, minhas amizades são as coisas que reúno na existência, livros, múcicas, filmes etc, e que, quando preciso, estão lá para me acolher mais uma vez.
E por fim, quem sabe encontrar alguém para construir quando meu teto desabar e que me permita o mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário