Não importa a quantidade de amigos, as qualidades deles(as), quantas partes de grupos que achei que levaria a vida inteira, sabe? Gente fazendo parte da minha vida, aquela inocência de achar que as amizades, as brincadeiras, a própria estabilidade, virar adulto e realizar seus sonhos, conquistar seu espaço ness(t)e mundo, ser só mais um nome em uma lápide.
"Se me perco, por favor, não me encontre/
Se eu me afogar, deixe-me afundar"
Mas aí chega as responsabilidades, quanto mais tenta, mais se decepciona, não há mais ninguém lá, você está só, todos se distanciaram, você acaba sendo uma pessoa "deixada", e com seus transtornos sozinha, a cabeça dói imensuravelmente, o vento vazio e dolorido a roçar a pele. Só restando a solidão e as lágrimas. Ninguém gosta de você, e só resta viver uma vida fracassada, de sonhos destruídos por você e por essa sociedade esdruxula, é um vazio e solidão que liberta e ao mesmo tempo lhe soca em todos os músculos, até socar também a alma, e você não pode fazer nada, não há ninguém para lhe defender e nem você pode se defender por si.
É uma briga eterna e diária, você só perde, nem empata nem ganha. É viver morrendo diariamente até... Só restar uma lápide vazia, ninguém visita, ninguém se quer deixa flores, nada cresce no seu túmulo. A vida não é um palco, é o pós-vida em toda vida até não haver mais após, nem vida.